03/12/2016

2033 Marte - Mundo Novo


Misto de Ficção e Documentário, série 'Marte' coloniza o planeta em 2033

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Um ser humano colocando os pés em Marte sempre esteve no mundo dos sonhos, filmes ou desenhos animados. Com a ascensão das empresas privadas de viagens extraterrenas e o sucesso na reutilização de foguetes, a colonização do planeta vermelho começa a aterrissar na mente dos cientistas.
Realidade e especulação é a mistura que rege "Marte", a minissérie mais ambiciosa do canal pago Nat Geo. Ao mesmo tempo em que o programa imagina com atores e roteiro como seria essa viagem em 2033, também entra no âmbito documental, entrevistando especialistas, estudiosos e empreendedores.
"É o projeto audiovisual mais preciso sobre a exploração de Marte já criado", afirmou o produtor-executivo Justin Wilkes à Folha. "Transformamos alguns dos maiores especialistas em nossos consultores porque queremos mostrar para o público o quanto isso é real. 'Marte' não é ficção científica, mas um fato científico, um docudrama."
A série é baseada em "De Mudança para Marte" (editora Alaúde, 136 págs.), do escritor e jornalista de ciência e tecnologia Stephen Petranek.
O livro é a adaptação de uma palestra no projeto de conferências TED, na qual Petranek detalha como a humanidade pode chegar a colonizar o quarto planeta ao redor do Sol. "A reação de metade da plateia foi de completa descrença", contou o jornalista na entrevista (assista aqui à palestra com legendas em português).
Mas o jogo virou subitamente após o sucesso do filme "Perdido em Marte" (2015), de Ridley Scott. Baseado no livro homônimo (ed. Arqueiro, 336 págs.) de 2011 de Andy Weir, o longa mostra Matt Damon como um astronauta que fica sozinho no planeta e tem de se virar para sobreviver.
"O livro e o filme pavimentaram o caminho para a aceitação de que vamos para Marte. A percepção mudou do dia para a noite", disse Petranek.

SEIS EPISÓDIOS

O primeiro dos seis episódios previstos para a primeira temporada –uma segunda é provável, mas não confirmada– mostra uma tripulação de seis astronautas de cinco nacionalidades na primeira missão terrestre rumo a Marte.
O roteiro deixa de lado a viagem em si para se concentrar no pouso, que leva os terráqueos para longe da base americana preestabelecida e cria o primeiro drama da história.
Filmada em Budapeste, na Hungria, e no deserto do Marrocos (cenário para o planeta vermelho), a linha narrativa ficcional não é apenas um complemento de luxo para a parte documental.
"Queríamos fazer uma série com uma boa dramaturgia e efeitos realistas. Os dois segmentos receberam os mesmos cuidados", disse o diretor Everardo Gout.

METEORO

No lado não ficcional, a minissérie entrevista Elon Musk, empreendedor sul-africano que criou a SpaceX, uma das empresas que pretendem explorar Marte daqui a 15 anos, e Robert D. Braun, professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia e um dos maiores especialistas em tecnologia espacial do mundo.
Todos falam da importância de criar uma base terrestre em outro planeta e como isso será possível em alguns anos.
"Já poderíamos estar em Marte se tivéssemos investido US$ 1 trilhão nas missões. A tecnologia existe. A dificuldade é chegar ao planeta, a radiação, o pouso. Tudo precisa ser planejado meticulosamente", contou Braun.
"A probabilidade de a Terra ser atingida por um meteoro que aniquile 75% das formas de vida é de 100%", disse Petranek. "Marte é um seguro de vida da humanidade, uma alternativa à extinção." 












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