Dez anos atrás, um explorador da Terra, descia de paraquedas pela espessa atmosfera de uma lua alienígena em direção a um destino incerto. Depois de uma descida suave que durou mais de duas horas, a sonda pousou numa planície de inundação frígida, circundada por rochas congeladas. Com isso, a Huygens realizou o primeiro pouso da humanidade numa lua do sistema solar externo. Huygens estava são e salva em Titã, a maior lua de Saturno.
A sonda não somente sobreviveu à descida e ao pouso, mas continuou transmitindo dados por mais de uma hora desde a gelada superfície de Titã, até que suas baterias acabassem.
Desde esse histórico momento, os cientistas em todo mundo estão debruçados sobre volumes de dados sobre Titã, enviados para a Terra pela Huygens – um projeto da Agência Espacial Europeia – e pela sua nave mãe, a sonda Cassini.
Nos últimos 10 anos, dados provenientes dessa dupla têm revelado muitos detalhes surpreendentes desse mundo que é surpreendentemente parecido com a Terra.
Além da troca de conhecimento técnico para fazer com que um projeto desses se tornasse realidade, a parceria internacional foi crítica para fazer com que as duas sondas chegassem a Saturno e a Titã.
“Uma missão dessa escala representa um verdadeiro triunfo na colaboração internacional”, disse Earl Maize, gerente do Projeto Cassini no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia.
“Desde o início formal da missão em 1982, até o pouso espetacular da Huygens 23 anos depois, até os dias de hoje, a Cassini-Huygens deve muito do seu sucesso à tremenda sinergia e cooperação entre mais de uma dezena de países. Esse trabalho em equipe é ainda a maior fortaleza do projeto já que o módulo orbital Cassini continua a explorar o Sistema de Saturno”, disse Maize.
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