Criado por H.G. Wells no
livro A Máquina do Tempo, é
provavelmente o mais popular. Tal como nesta obra pioneira, pode envolver
viagens do presente para o futuro, mas na maioria dos casos envolve viagens do
Presente para o Passado, ou de visitantes do futuro vindo ao presente.
De qualquer modo o recuo no
tempo é bem mais comum. Muitas vezes também a Viagem no Tempo em si não é o
assunto principal, Buck Rogers, por
exemplo, mas a história depende dela.
Em outros casos ela é a
grande vedete, De Volta Para o Futuro,
quer seja mostrando os choques culturais ou as complicações dos efeitos de
paradoxo temporal. Até hoje a viagem famosa mais ousada foi a da primeira obra,
de H.G. Wells, que foi mais de 850 mil anos para o futuro! Ninguém quebrou tal
recorde até hoje, a não ser em viagens para o passado, em uma obra de maior
repercussão.
Viagens para fora da terra
Inaugurado por Júlio Verne
em Viagem a Lua, e também por H.G. Wells
em O primeiro homem na Lua é um dos
poucos que se tornou parcialmente realidade. Aliás, a tecnologia usada no
programa Apollo está anos-luz à
frente daquela imaginada por Verne. E neste grupo que ocorre também um dos
assuntos mais mal resolvidos da FC, a questão da gravidade.
Viagens espetaculares na terra
Júlio Verne
através de principalmente duas obras, Viagem
ao Centro da Terra e 20.000 Léguas
Submarinas. É válido indagar se o tema de miniaturização, presente no filme
Viagem Fantástica, estaria contido
neste subgênero.
Guerras espaciais
Muitas vezes
se mistura com a Futurâmica Espacial, mas há como exceção nada mais nada menos
do que Star Wars e a série de TV Galactica, que simplesmente não podem
ser enquadradas em nenhum dos outros gêneros acima.
Invasões extraterrenas
Também
iniciado por H.G. Wells na obra A Guerra
dos Mundos, onde invasores de marte atacam violentamente a terra no século
XIX, arrasando as defesas militares e alterando o ecossistema com o terrível Red Weed, "trepadeira
vermelha". Essa obra recebeu em 1953 uma versão cinematográfica que
alterou radicalmente a ambientação para seu tempo e uma séria de outras
características, como eliminar o Red
Weed, alterar a aparência dos marcianos e a estrutura espetacular das naves.
E com a
tentativa final de abater os invasores através de um artefato nuclear, algo
quase impensável na época de Wells. Foi sem dúvida o gênero mais popular desde
o início do cinema até mais ou menos a época em que A Guerra dos Mundos aterrorizou os cinemas, depois o gênero caiu no
esquecimento só vindo ser ressuscitado na década de 90 pelo blockbuster Independence Day.
Visitantes extraterrestres hostis
Diversos
monstros do espaço já aterrorizaram livros, gibis e filmes, protagonizando
obras que vão desde o Terror Trash
grotesco até obras de ação muito bem elaboradas como O Predador, estreladas por Arnold Schwarznegger.
Visitantes extraterrestres amigáveis
O exemplo mais
popular é sem dúvida E.T. O
Extraterrestre de Steven Spielberg, mas o gênero remonta o cinema em Preto
e Branco com a Obra O Dia em que a Terra
Parou, onde o alienígena Klatu e seu indestrutível robô guarda costas Gort
vem à Terra pedir o fim dos testes nucleares.
Super poderes/Super heróis
H.G. Wells novamente, ao
lançar a obra O Homem Invisível, que
recebe ainda refilmagens periódicas. Na década de 30 Jerry Siegel e Joe Shuster
criariam o Super Homem, que apesar de ser um visitante alienígena, daria origem
ao subgênero da FC menos cuidadoso com suas premissas, o dos Super-Heróis, que muitas
vezes recai para a FC. O gênero também tem raízes profundas na cultura, pois
remonta a legendários heróis míticos como Hércules
e Sansão.
Figura: Superman
Returns. Fonte:
pudimdecinema.wordpress.com
Criaturas especiais
Certamente a Mãe da FC foi
Mary Shelley, que publicou a primeira obra que, embora mais associada ao gênero
Terror, possuí a estrutura básica da FC. Frankenstein
de 1816 pode ser considerado o precursor primordial da FC.
Esse subgênero Também foi
abordado por H.G. Wells em A Ilha do Dr.
Moureau, onde um cientista criou uma série de criaturas mutantes misturando
homens com animais, numa espécie de precursão da Engenharia Genética.
Retrofuturismo
Pode ser apelidado de "futuro
do pretérito", trata-se daquela ambientação passada que, no entanto, não
corresponde a história do mundo real. Como um futuro superado ou mesmo uma
visão alternativa proposital.
Obras como Metrópolis de Fritz Lang e Farenheit 451 de Ray Bradubury
imaginavam ambientações futuras que já foram ultrapassadas ou cujo curso atual
da história já inviabilizou. A ambientação fica como uma espécie de universo
alternativo ou algo do tipo "como seria se tal coisa tivesse
acontecido".
Um exemplo espetacular pode
ser visto no Anime Laputa - Castelo no
Céu, dos estúdios japoneses Myazaky,
que poderia ser definido talvez como, "o que seria do mundo de Leonardo da
Vinci tivesse conseguido voar", e então teria-se máquinas voadoras em
pleno século XVIII. Obras como 20.000
Léguas Submarinas e Viagem a Lua podem
ser consideradas Retrofuturistas, outro exemplo interessante é a estranha
ambientação do filme de Terry Gilian, Brazil
- O Filme.
Futurâmica terrena
Trata-se de qualquer
ambientação no futuro em nosso planeta, mas em geral aborda uma era mais
adiantada tecnologicamente e ou socialmente.
Futurâmica espacial
Ambientação que como o
próprio nome diz se concentra na exploração espacial futura. Star Trek, Perry Rhodan e Buck Rogers
são alguns exemplos.
Ciberpunk
Em geral localiza-se num
futuro próximo de características decadentes do ponto de vista moral.
Superpopulação, autos índices de violência urbana e degeneração ambiental são
temas frequentes, mas o essencial é a temática tecnológica em geral enfocada na
informática, telecomunicação e eletrônica.
Pós-apocalíptico
O nome diz tudo, obras que
se ambientam num mundo futuro pós Terceira Guerra mundial ou equivalente. Podem
explorar os efeitos diretos desta catástrofe como Herança Nuclear, ou
simplesmente ignorá-la como o curioso Crepúsculo
de Aço, com Patrick Swaize. Provavelmente o exemplo mais famoso é Mad Max II e III.
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