Tem havido
muitas tentativas de teorizar a ciência e a ficção. Muitas dessas, porém, têm se
contentado com a definição de FC através da catalogação de material temático do
gênero. Tais abordagens têm
gerado o rebaixamento mais ou menos aleatório de textos específicos dentro ou
fora do corpo de FC e provocaram um debate mais aprofundado sobre a
especificidade do gênero dentro do escopo mais amplo da literatura não mimética
como um todo.
Além disso,
essas definições não permitem temáticas para a evolução futura capaz de minar
as fronteiras do passado e do presente. Outras tentativas de especificar a FC
contam com definições forjadas a partir de contradições aos cenários
históricos. Dependendo de FC é
considerada como uma das formas mais antigas da humanidade, da literatura, como
um gênero mais moderno em particular ou como uma literatura nascida nos EUA no
início de 1920, os limites e a própria razão de ser do gênero continuem a ser discutidos.
Finalmente, uma
terceira abordagem, colocou a originalidade da FC em seu discurso único. Na verdade, a FC não é tanto um gênero
por causa de seu conteúdo ou convenções, mas por causa de seu modo específico
de expressão. A principal desvantagem dessa via é que ela apresenta a FC como
um todo fossilizado, impermeável à evolução dos hábitos dos leitores,
escritores e editores e criatividade das bases genéricas dos artifícios
puramente retórica.
Figura: Semiótica, que ciência é esta?
Fonte: pospretudo.blogspot.com
Assim, qualquer
definição sobre FC deve-se considerar a força dinâmica subjacente às mudanças
superficiais tendo modificado o gênero em diversas ocasiões, e deve ser capaz
de explicar a discordância crítica a respeito do que FC é e não é. Nesse
contexto, um estudo semiótico da FC oferece um método alternativo que torna
possível a teorização dos temas abordados por autores do gênero e seus
dispositivos retóricos, sem realmente ter de limitá-las a um determinado
número. Também faz provisão para a
identidade dinâmica do gênero.
Com efeito,
traçando a evolução da interação entre autores e leitores no processo criativo
da FC, a Semiótica traz à tona o fato de que, mais do que um conjunto
específico de 'temas', uma tradicional 'forma' ou uma retórica 'modo', FC é,
acima de tudo, uma tendência de misturar gêneros literários, juntamente com
significados diferentes a fim de criar novos sistemas de signos.
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